quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A CEIFA
A terra acorda ao alvor das madrugadas,
O sol é fogo na planície e nos outeiros.
Colam-se dores, às costas já estafadas,
que a fouce grava na magreza dos ceifeiros.

Em mar de ouro, as searas são ceifadas
Ouve-se a rola que arrulha, nos sobreiros.
As raparigas matam sedes nas aguadas
E os aloendros florescem nos ribeiros.

Sobre o restolho há paveias e cantigas,
rubras papoilas, o cantar de raparigas,
que arrastam nos olhos ternos corações.

E ao almoço, que tem ar de romaria
retomam forças no pão de cada dia,
vendo na eira a debulha dos ganhões.

Manuel Manços
A CEIFA
A terra acorda ao alvor das madrugadas,
O sol é fogo na planície e nos outeiros.
Colam-se dores, às costas já estafadas,
que a fouce grava na magreza dos ceifeiros. 

Em mar de ouro, as searas são ceifadas
Ouve-se a rola que arrulha, nos sobreiros.
As raparigas matam sedes nas aguadas
E os aloendros florescem nos ribeiros.

Sobre o restolho há paveias e cantigas,
rubras papoilas, o cantar de raparigas,
que arrastam nos olhos ternos corações.

E ao almoço, que tem ar de romaria
retomam forças  no pão de cada dia,
vendo na eira a debulha dos ganhões.

Manuel Manços

Sem comentários:

Enviar um comentário