PLÚVIA OCORRÊNCIA
(JBMI)
Ocorreu-me,
como sempre ocorre,
que algo extraordinário
estivesse a acontecer
naquele cume
mesmo ali defronte
que a núvem
me não deixa ver
completamente.
Ocorreu-me,
neste preciso momento,
que o monte defronte
em idos tempos
sofresse de alevantamento.
Por certo há muito tempo
embrenhado numa núvem
que só sabia chover
espadas fluidas e carminadas
começaram a verter.
E ao sol deslumbrado
como lhe poderia então ocorrer
que no ponteagudo horizonte
atrás da núvem ali defronte
tanta bátega iria chover
no meu semblante apeado?
Ocorreu,
como quase nunca ocorre,
a um zelador do cerrado
que na vertente ali defronte
vive um potro acossado
com a chuva
que ontem choveu.
Talvez a outros ocorresse.
O garrano a crina sacudiu
como Pégaso atormentado
sem sela nem arreio
e sem que o zelador soubesse
cortou a núvem a meio
e no monte alevantado
levou-me a tocar o céu.
12 de Novembro de 2012
José Brites Marques Inácio
(Imagem web/Google)
PLÚVIA OCORRÊNCIA
(JBMI)
Ocorreu-me,
como sempre ocorre,
(JBMI)
Ocorreu-me,
como sempre ocorre,
que algo extraordinário
estivesse a acontecer
naquele cume
mesmo ali defronte
que a núvem
me não deixa ver
completamente.
Ocorreu-me,
neste preciso momento,
que o monte defronte
em idos tempos
sofresse de alevantamento.
Por certo há muito tempo
embrenhado numa núvem
que só sabia chover
espadas fluidas e carminadas
começaram a verter.
E ao sol deslumbrado
como lhe poderia então ocorrer
que no ponteagudo horizonte
atrás da núvem ali defronte
tanta bátega iria chover
no meu semblante apeado?
Ocorreu,
como quase nunca ocorre,
a um zelador do cerrado
que na vertente ali defronte
vive um potro acossado
com a chuva
que ontem choveu.
Talvez a outros ocorresse.
O garrano a crina sacudiu
como Pégaso atormentado
sem sela nem arreio
e sem que o zelador soubesse
cortou a núvem a meio
e no monte alevantado
levou-me a tocar o céu.
12 de Novembro de 2012
José Brites Marques Inácio
(Imagem web/Google)
estivesse a acontecer
naquele cume
mesmo ali defronte
que a núvem
me não deixa ver
completamente.
Ocorreu-me,
neste preciso momento,
que o monte defronte
em idos tempos
sofresse de alevantamento.
Por certo há muito tempo
embrenhado numa núvem
que só sabia chover
espadas fluidas e carminadas
começaram a verter.
E ao sol deslumbrado
como lhe poderia então ocorrer
que no ponteagudo horizonte
atrás da núvem ali defronte
tanta bátega iria chover
no meu semblante apeado?
Ocorreu,
como quase nunca ocorre,
a um zelador do cerrado
que na vertente ali defronte
vive um potro acossado
com a chuva
que ontem choveu.
Talvez a outros ocorresse.
O garrano a crina sacudiu
como Pégaso atormentado
sem sela nem arreio
e sem que o zelador soubesse
cortou a núvem a meio
e no monte alevantado
levou-me a tocar o céu.
12 de Novembro de 2012
José Brites Marques Inácio
(Imagem web/Google)
Sem comentários:
Enviar um comentário