quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

CALO-ME! - Canto V

Calo-me ao ver centenas de meninos mortos,
Seus corpos tão queimados pela chama!
Dói-me vê-los num tal Estádio de Desportos...
Suas pobres famílias sofrendo... nesse drama...

Sim, aqui, nesse país, tudo é assim,... vão, torto...
Se há Lei, ninguém nem respeita, nem reclama!
Pior é ver que não há nem Direito: - Já está morto!
Justiça não existe... - Quem é preso?! - o povo clama!

Calo-me diante da injustiça e nunca falo!
Na minha mente algo atiça... Pisa no calo!
Dói-me dor doente, tão frequente e até mente...

Sim, mente já dizendo que está tudo certo!
Todavia, não há lei, nem mesmo rei por perto!
Em Santa Maria, o povo quer justiça... Urgente!

Calo-me, calo-me, calo-me... Calo-me!

Versão do Calo-me, em homenagem aos 234 jovens mortos em Santa Maria – RS, no dia 27/01/13. Que Deus conforte essas famílias!

© SOL Figueiredo
28/01/2013 - 21:50h

Publicado no Recanto das Letras em 29/01/2013 – às 20:27h – Código do Texto: T4112595– Soneto 376
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