quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Mudança

Fecho os meus olhos cansados
Quase mortos
E sulco a noite, erma.
Oiço os sonhos, que se anunciam
Acolhe-os, nos meus braços, desmaiados
E murmuro com eles em segredo, os meus anseios.
Debruçada em mim
A noite denuncia-se…
Escuta o rude, silencio, das folhas
Que tombam no chão delicado.
A alma guarda
E afaga, ecos de volúpia…
Na boca, o fel amargo
Sustem a embriaguez
Que invade a madrugada.
Os olhos desfolham-me, os passos
E cerram-me os sonhos
Que pastam ao luar.
As quimeras escorrem-me
Por entre os delgados dedos,
Como fumo…em cinzas
Quase extintas.
Hoje desabei, dentro de mim
Em murmúrio
Cessei o teu olhar
E varri o teu sorriso.
Amanhã, sou-me, diferente!
A noite mudou de morada
Os sonhos retorceram-se, perfumados
E reacenderam o fogo…
Os meus sonhos
Chegaram com a brisa
Vieram nas asas do meu desejo.
Hoje, sou-me, principio.

Telma Estêvão
Mudança


Fecho os meus olhos cansados
Quase mortos
E sulco a noite, erma.
Oiço os sonhos, que se anunciam
Acolhe-os, nos meus braços, desmaiados
E murmuro com eles em segredo, os meus anseios.
Debruçada em mim
A noite denuncia-se…
Escuta o rude, silencio, das folhas
Que tombam no chão delicado.
A alma guarda 
E afaga, ecos de volúpia…
Na boca, o fel amargo
Sustem a embriaguez
Que invade a madrugada.
Os olhos desfolham-me, os passos
E cerram-me os sonhos
Que pastam ao luar.
As quimeras escorrem-me
Por entre os delgados dedos,
Como fumo…em cinzas
Quase extintas.
Hoje desabei, dentro de mim
Em murmúrio
Cessei o teu olhar
E varri o teu sorriso.
Amanhã, sou-me, diferente!
A noite mudou de morada
Os sonhos retorceram-se, perfumados
E reacenderam o fogo…
Os meus sonhos 
Chegaram com a brisa
Vieram nas asas do meu desejo.
Hoje, sou-me, principio.


Telma Estêvão

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