quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O jardim , era feito de nuvens , as flores tinham um cheiro inolvidável…
Era feito de sonho ,
Costumo sentar debaixo do velho Salgueiro, de casca envelhecida feita de milhões de sonhos que já tinham passado por ele.
Dali podia ter a visão perfeita do jardim …a relva que num verde deslumbrante nos rodeava, o horizonte que se fundia entre o céu e o mar. Intervalando com a variedade de espécies de flores que iam mudando com o meu estado de euforia ou tristeza.
Reparava que havia só uma variedade que ficava nessas mudanças de alma .
Eram brancas …de um branco puro. Feitas de pétalas perfeitas …uniformemente alinhadas uma após outra …com um centro amarelo sol…quando ainda em botão recém aberto de um amarelo esverdeado … mas o fazia -me sentir paz.
Como se a minha alma estivesse ali a pedir perdão ..e todas me dessem o seu perdão.
Havia rosas , ladeando um velho carreiro de terra , ora brancas …ora cor de laranjas.
Laranjas , agora sorrio , existem umas laranjeiras por trás das belas ruínas.
Mas as rosas , havia uma roseira de rosas vermelhas, iguais a uma que um dia recebi.
Mas essa tinha um cheiro diferente , traziam o cheiro do encanto , da paixão.
Essa roseira ficava na entrada dessas ruínas , que um dia já foram um belo castelo.
O salão ainda se pode ver como era belo …Com belas arcadas , onde as nuvens de organza já despedaçadas pelo tempo ainda esvoaçavam ao desejo da brisa doce.
Olho com saudade os recantos …quando um dia levei ali o amor .
O chão ainda se via algum brilho na madeira , coberta pela folhagem das arvores
Naquele piso onde tantas vezes sentei abraçada ao amor , embalada nos braços da paixão.
Sinto a saudade invadir-me …olho entre as arcadas , o mar ora calmo , ora ondeando
A agua cristalina revelando as ondas do meu coração …
Viro as costas , caminhando, onde a cada passo sinto o meu coração pisado.
Vou lentamente …entre as roseiras , naquele velho carreiro de terra pisada…estendo as mão , sentindo na ponta dos dedos a carícia de cada pétala .
Volto ao meu Velho Salgueiro, enquanto tento acalmar o coração…
Como é frágil o meu coração , e volúvel , ficando logo encantado com o pardalinho atrevido, que me bicava na mão , fazendo-me por momentos esquecer porque batia o meu coração com tanta tristeza.
Talvez seja a missão dele , abstrair-me da solidão que a saudade me traz.
Acaricio o Salgueiro que tanto testemunhou, por momentos quase consegui sentir o amor naquela casca que de tão áspera , parecia veludo como a pele do rosto do amor .
Abraço-me a ele, sinto o aconchego dos velhos ramos de folhas verdes , e volto a ter esperança .
A esperança de voltar com o amor, aquele amor que faz o arco-íris inundar de cor e alegria este Jardim…

AnaRocha
O jardim , era feito de nuvens , as flores tinham um cheiro inolvidável…
Era feito de sonho , 
Costumo sentar debaixo do velho Salgueiro, de casca envelhecida feita de milhões de sonhos que já tinham passado por ele.
Dali podia ter a visão perfeita do jardim …a relva que num verde deslumbrante nos rodeava, o horizonte que se fundia entre o céu e o mar. Intervalando com a variedade de espécies de flores que iam mudando com o meu estado de euforia ou tristeza.
Reparava que havia só uma variedade que ficava nessas mudanças de alma .
Eram brancas …de um branco puro. Feitas de pétalas perfeitas …uniformemente alinhadas uma após outra …com um centro amarelo sol…quando ainda em botão recém aberto de um amarelo esverdeado … mas o fazia -me sentir paz.
Como se a minha alma estivesse ali a pedir perdão ..e todas me dessem o seu perdão.
Havia rosas , ladeando um velho carreiro de terra , ora brancas …ora cor de laranjas.
Laranjas , agora sorrio , existem umas laranjeiras por trás das belas ruínas.
Mas as rosas , havia uma roseira de rosas vermelhas, iguais a uma que um dia recebi.
Mas essa tinha um cheiro diferente , traziam o cheiro do encanto , da paixão.
Essa roseira ficava na entrada dessas ruínas , que um dia já foram um belo castelo.
O salão ainda se pode ver como era belo …Com belas arcadas , onde as nuvens de organza já despedaçadas pelo tempo ainda esvoaçavam ao desejo da brisa doce.
Olho com saudade os recantos …quando um dia levei ali o amor .
O chão ainda se via algum brilho na madeira , coberta pela folhagem das arvores 
Naquele piso onde tantas vezes sentei abraçada ao amor , embalada nos braços da paixão.
Sinto a saudade invadir-me …olho entre as arcadas , o mar ora calmo , ora ondeando
A agua cristalina revelando as ondas do meu coração …
Viro as costas , caminhando, onde a cada passo sinto o meu coração pisado.
Vou lentamente …entre as roseiras , naquele velho carreiro de terra pisada…estendo as mão , sentindo na ponta dos dedos a carícia de cada pétala .
Volto ao meu Velho Salgueiro, enquanto tento acalmar o coração…
Como é frágil o meu coração , e volúvel , ficando logo encantado com o pardalinho atrevido, que me bicava na mão , fazendo-me por momentos esquecer porque batia o meu coração com tanta tristeza. 
Talvez seja a missão dele , abstrair-me da solidão que a saudade me traz.
Acaricio o Salgueiro que tanto testemunhou, por momentos quase consegui sentir o amor naquela casca que de tão áspera , parecia veludo como a pele do rosto do amor .
Abraço-me a ele, sinto o aconchego dos velhos ramos de folhas verdes , e volto a ter esperança .
A esperança de voltar com o amor, aquele amor que faz o arco-íris inundar de cor e alegria este Jardim… 

AnaRocha

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