quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Um dia!

Dunas de areia fina,
o sol de longe aparece
e em soslaios pelas esquinas,
as sombras que dele esquece!

Matinais em reboliço,
procura entre os beirais,
o estolho enegrecido
voados de bico em bico,
porque muito não é demais!

Ainda gelada a madrugada
e a geada é fresca e pura,
refresca o caminho a água
e lava a alma mais escura!

Lá longe o barco se avizinha,
e na praia as conchas levitam,
nas ondas da maresia,
na espuma que o mar atira
e os peixes que na rede saltam!

Amanhece em todo o lugar,
desembaraçam os fortes braços,
procurando enfrentar
outro dia sem sobressaltos!

Puxam redes, filões de vida
que por terra o peito apertam,
desejando na próxima ida
ter abundância de peixes
nesse mar a onde pescam!

Já o dia comeu meio
e alegria na mesa
tratam de coser as redes
para outro dia de pesca!

Vem a noite e o descanso,
uma garrafa de vinho
dá alegria a seu canto,
beija a mulher de manso
e aquece o sentimento!

Outro dia,
outro sol que a luz encerra
para dar lugar à lua,
que tão breve ela o empurra,
do leito onde jaz nua
a mulher que o recebe!

Tem de voltar para a luta
à vida que o enaltece
mareia aos olhos da lua
levando a fé que é tão sua
que cedo a vida amanhece!

Maria Morais de Sa
Um dia!

Dunas de areia fina,
o sol de longe aparece
e em soslaios pelas esquinas,
as sombras que dele esquece!

Matinais em reboliço,
procura entre os beirais,
o estolho enegrecido
voados de bico em bico,
porque muito não é demais!

Ainda gelada a madrugada
e a geada é fresca e pura,
refresca o caminho a água
e lava a alma mais escura!

Lá longe o barco se avizinha,
e na praia as conchas levitam,
nas ondas da maresia,
na espuma que o mar atira
e os peixes que na rede saltam!

Amanhece em todo o lugar,
desembaraçam os fortes braços,
procurando enfrentar
outro dia sem sobressaltos!

Puxam redes, filões de vida
que por terra o peito apertam,
desejando na próxima ida
ter abundância de peixes
nesse mar a onde pescam!

Já o dia comeu meio
e alegria na mesa
tratam de coser as redes
para outro dia de pesca!

Vem a noite e o descanso,
uma garrafa de vinho
dá alegria a seu canto,
beija a mulher de manso
e aquece o sentimento!

Outro dia,
outro sol que a luz encerra
para dar lugar à lua,
que tão breve ela o empurra,
do leito onde jaz nua
a mulher que o recebe!

Tem de voltar para a luta
à vida que o enaltece
mareia aos olhos da lua
levando a fé que é tão sua
que cedo a vida amanhece!



Maria Morais de Sa

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