sexta-feira, 30 de novembro de 2012

A VENDA DO “TI MIGAS”

A antiga taberna, que já não existe,
foi ninho de afectos, no centro da aldeia.
Quando a derrubaram eu chorei, de triste,
“guardava tesouros”, em sua mão cheia.

Ainda, em nostalgia, seu porte resiste.
Em meus sentimentos, ela ainda ateia
os meus primeiros passos e ainda persiste
alumiar “quem partiu”, como uma candeia.

No “canto do lume”, ao balcão eu escutava
o que a “voz do vinho” dizia, ou cantava,
pela voz dos homens, como em oração.

Meu avô falava, meus tios descansavam,
minha mãe chegava, e tudo alegrava.
Eterna memória em minha afeição.

Manuel Mancos
A VENDA DO “TI MIGAS”

A antiga taberna, que já não existe,
foi ninho de afectos, no centro da aldeia.
Quando a derrubaram eu chorei, de triste,
“guardava tesouros”, em sua mão cheia.

Ainda, em nostalgia, seu porte resiste.
Em meus sentimentos, ela ainda ateia
os meus primeiros passos e ainda persiste
alumiar “quem partiu”, como uma candeia.

No “canto do lume”, ao balcão eu escutava
o que a “voz do vinho” dizia, ou cantava,
pela voz dos homens, como em oração.

Meu avô falava, meus tios descansavam,
minha mãe chegava, e tudo alegrava.
Eterna memória em minha afeição.

Manuel Mancos

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