para me fazeres parar?
Nem penses ingrata sorte
por muito que me atrases a vida
e mesmo que assim ferida
tu achas que aqui vou ficar?
Muito enganas teu cálculo absurdo
pensares que por rasgares meu voo
eu fico aqui a chorar!
Terias muito que me rasgar
para sem pé eu ficar
e deixar!
Que teu orgulho ofendido
me retire o que eu
mais tenho defendido
que é o meu solitário
e mais belo voar!
De larva me iniciei
e desde sempre pensei
que a metamorfose do meu ser
iria dar-me o poder
de meu destino buscar!
Pois não será nem tu
nem quem me venha retirar
a vontade e a sorte de voar
para donde eu quero ir!
Sou borboleta sem dor
porque o tempo me ensinou
que coser uma asa ferida
não fica nova mas reforçada!
Não será por minha asa
que me verás encarcerada
sem rumo sem alento
e sem nada!
Porque sou borboleta valente!
E olha bem se de repente
me vês a voar para bem longe
em direção ao sol a cruzar o horizonte!
Maria Morais de Sa
Sem comentários:
Enviar um comentário