sexta-feira, 30 de novembro de 2012

UM OLHAR

Olhaste-me…
Senti-me partido pela terra
Estilhaçado pelo enigma da vida
Pedaços de mim pelo mar
Pela serra…
Nacos de desejo, água na boca
Renasci, queria gritar
Oh, menina marota!
Olhaste-me… Senti em mim, fragmentos
Montículos de palavras
Sentimentos...
Havia portas fechadas sem dobradiças
Janelas quebradas
Vidros foscados, na nitidez da minha vontade
Eu entrei…

Achado no vento
Na íris de um olhar penetrante
Olhar teu… Que me castigou
Frios arrepiantes, olhar hipnotizador
Ansiedade…
Olhaste-me e teu brilho em mim ficou
O momento… Mágico instante
Estava eu… Partido a teu lado
No prefixo do amor
Olhares de poesia sem pontuação
Sem cor… Mesclado
Partido pelo sentir… Nas batidas do coração
Oh terra…
Oh mar…
Amor…
Pétala de Flor
Brilhante a água desse mar
O teu olhar
De salgado ondular
Curvas da Serra

Partido sim… Sem vontade de me colar
Caco de barro, jamais sozinho
Contigo…
Amante do amar
Partido antes de te encontrar
E achado no teu olhar
Sorriso perfumado que vi
Olhar teu, também ele partido
Olhar apetecível
Em mim querido
Olhar em mim tatuado inesquecível


José Alberto Sá

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