A pequena-morte
Deixei que tocasses no meu ser e mergulhei no mais profundo dos mares
a profundeza desse mar é longa, na tua ausência mergulho no sonho das ondas,
a corrente a dançar com o tempo determina o dia em que o meu corpo num altar coberto de algas aguarda por ti, homem do meu sonhar, ao som do cântico dos cântigos também para mulheres concebido recebe-te com o sorriso dos meus olhos a aguardar o beijo tão desejado
teus lábios cobrirão minha boca, minhas guerlas um pouco do teu oxigénio receberão
não te roubando o poder da criação
minha pele, tuas escamas uma fusão sem te roubar a protecção
meus braços, tuas pernas, nossa barbatana uma direcção
a minha ostra e o teu sabre uma carícia, um bailar empático por vezes doce e suave,
uma dança por vezes um amor ardente a bater na vida
com um rolar de olhos que nos leva à nossa profunda pequena-morte
Nuremberga, 31 de Outubro
©Maria do Rosário Loures

a profundeza desse mar é longa, na tua ausência mergulho no sonho das ondas,
a corrente a dançar com o tempo determina o dia em que o meu corpo num altar coberto de algas aguarda por ti, homem do meu sonhar, ao som do cântico dos cântigos também para mulheres concebido recebe-te com o sorriso dos meus olhos a aguardar o beijo tão desejado
teus lábios cobrirão minha boca, minhas guerlas um pouco do teu oxigénio receberão
não te roubando o poder da criação
minha pele, tuas escamas uma fusão sem te roubar a protecção
meus braços, tuas pernas, nossa barbatana uma direcção
a minha ostra e o teu sabre uma carícia, um bailar empático por vezes doce e suave,
uma dança por vezes um amor ardente a bater na vida
com um rolar de olhos que nos leva à nossa profunda pequena-morte
Nuremberga, 31 de Outubro
©Maria do Rosário Loures

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