segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Indecisão ….

Quando o sol desnuda o meu corpo para me vestir de si,
cobrindo-me com o seu calor dourado até ficar em brasa colado a mim, logo o Luar resplandece querendo substitui-lo, impedindo-o de o fazer aureolando-me, adulando-me (como meu servo), com toda a sua luz e esplendor de amor em prata encastoado

Ouro e prata lutam e disputam, sobre quem me irá amar

Disputa árdua, porque o Vento, na sua majestade imponente de quem põe e dispõe, de quem tudo faz e desfaz, intervém sem ser chamado

Eu,
no meu profundo serenar (e todos amando), não sei qual querer,
para me poder entregar,
me deixar beijar e amar

O Sol me aquece as entranhas, me enternece, embeleza os meus olhos, põe em brasa as minhas asas que voam ao vento que admiro e também quero, mas o Luar acalma a minha alma, adoça o meu pensar, e faz desejar o meu amar

O vento, na sua leviandade e vaidade de tudo querer e poder (que num tempo sem tempo, sem minuto e sem segundo, e que num instante percorre o mundo no seu querer desvairado), quando amainado, apaziguado e serenado, leva-me onde desejo, pousando-me com ternura no colo da árvore mais alta do mundo; aquela, em que o seu píncaro chega ao céu, e nas nuvens me deixa descansar.

De lá,
aprecio extasiada a luta entre o Sol e o Luar que teimam em me querer amar (sem saberem onde estou; o vento me levou, e não os informou)

Tantas dúvidas neste meu coração apaixonado!

Não sei p'ra que lado do ramo da Árvore do Amor me deixe desprender …
Se para o lado do Sol,
Se para o lado do Luar
Ou se fique,
Onde o vento me quis deixar

Ele, nas suas asas de pluma colorida
transporta-me para o mundo das ilusões e dos sonhos (viagem sempre querida), retirando-me da amarga, crua e dura realidade da vida

Qual Ouro ou Prata !

Ai, Vento ameno, que me adormeces no azul sereno, das nuvens de algodão doce !

Magá Figueiredo
Indecisão ….

Quando o sol desnuda o meu corpo para me vestir de si, 
cobrindo-me com o seu calor dourado até ficar em brasa colado a mim, logo o Luar resplandece querendo substitui-lo, impedindo-o de o fazer aureolando-me, adulando-me (como meu servo), com toda a sua luz e esplendor de amor em prata encastoado 

Ouro e prata lutam e disputam, sobre quem me irá amar

Disputa árdua, porque o Vento, na sua majestade imponente de quem põe e dispõe, de quem tudo faz e desfaz, intervém sem ser chamado

Eu, 
no meu profundo serenar (e todos amando), não sei qual querer, 
para me poder entregar,
me deixar beijar e amar

O Sol me aquece as entranhas, me enternece, embeleza os meus olhos, põe em brasa as minhas asas que voam ao vento que admiro e também quero, mas o Luar acalma a minha alma, adoça o meu pensar, e faz desejar o meu amar 

O vento, na sua leviandade e vaidade de tudo querer e poder (que num tempo sem tempo, sem minuto e sem segundo, e que num instante percorre o mundo no seu querer desvairado), quando amainado, apaziguado e serenado, leva-me onde desejo, pousando-me com ternura no colo da árvore mais alta do mundo; aquela, em que o seu píncaro chega ao céu, e nas nuvens me deixa descansar. 

De lá, 
aprecio extasiada a luta entre o Sol e o Luar que teimam em me querer amar (sem saberem onde estou; o vento me levou, e não os informou)

Tantas dúvidas neste meu coração apaixonado!

Não sei p'ra que lado do ramo da Árvore do Amor me deixe desprender … 
Se para o lado do Sol, 
Se para o lado do Luar
Ou se fique, 
Onde o vento me quis deixar

Ele, nas suas asas de pluma colorida 
transporta-me para o mundo das ilusões e dos sonhos (viagem sempre querida), retirando-me da amarga, crua e dura realidade da vida

Qual Ouro ou Prata !

Ai, Vento ameno, que me adormeces no azul sereno, das nuvens de algodão doce !

Magá Figueiredo

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