terça-feira, 30 de outubro de 2012

SER

Eu quero ser o não ser
Para ter olhos e me ver morrer
Tenho o encanto da vida
Quero ter o poder da poesia
Ouvir as ondas e o som da maresia
Inundar a minha alma que se esvazia

É o mar é a libertação do meu olhar
Onde vejo o equilibrio do pensamento
Tenho a força nos silêncios da minha mão
Quando escrevo na solidão
A morte pode acontecer num momento de prazer

Ainda hoje não sei como começar
Talvez eu saiba acabar
Vou em direcção do Norte e não tenho transporte
Quero abrir a porta dos ventos para me libertar
O mar o mar estrada dos meus sonhos
São a razão

Não tenho medo das chuvas dos temporais
Nem dos ventos tornados e furacões
A noite cai as estrelas dão luz à escuridão
Tenho a força da tempestade dentro de mim
Quero escrever sempre com os dedos da minha mão
E viver até ter alma para dizer que não

Por CFBB

Sem comentários:

Enviar um comentário