sábado, 27 de outubro de 2012

CHORO !

Choro ...
Por este mundo
Onde o amor é tão escasso
Onde só sinto o abraço
Do desgosto bem profundo
Por ver tanto ódio,
Maldade.
De tantos a falsidade
De tão poucos o amor
Sinto bem fundo essa dor.

Choro...
Por tanta criança triste
Que de fome vai morrendo
Num mundo que não lhe assiste...
"Que importa se está sofrendo?"
- Isto pensam os senhores
Os tais que no mundo á toa
Vão mandando e desmandando...
E o povo lhes perdoa!

Choro ...
Por nada ser o que é.
Por não ter capacidade
De entender toda a verdade
Duma vida sem sentido,
Por me sentir desgastada
Até me sentir frustrada
Pelo meu nada vivido.

Choro...
Pelos dias que sozinha
Lutei, morri, renasci.
Porque nada que vivi
Me pareceu valer a pena
Nunca encontrei o "caminho"
Tal como pobre avezinha
Que numa noite serena
Morre só, junto do ninho.


Choro...
Por tanto ter desejado
Só um pouco de ternura
Que dissipasse a tristeza
Que em mim sempre perdura
De viver nesta pobreza
Dum sentimento frustrado
Por a tantos ter amado
Sem nunca ter ao meu lado
Nem sequer essa leveza
De um beijo mesmo roubado.


Choro...
Porque sou esta Mulher
E sinto como ninguém
Esta dor do abandono
E do desamor também


Helena Cunha
CHORO !

Choro ...
Por este mundo
Onde o amor é tão escasso
Onde só sinto o abraço
Do desgosto bem profundo
Por ver tanto ódio, 
Maldade.
De tantos a falsidade
De tão poucos o amor
Sinto bem fundo essa dor.

Choro...
Por tanta criança triste
Que de fome vai morrendo
Num mundo que não lhe assiste...
"Que importa se está sofrendo?"
- Isto pensam os senhores
Os tais que no mundo á toa
Vão mandando e desmandando...
E o povo lhes perdoa!

Choro ...
Por nada ser o que é.
Por não ter capacidade
De entender toda a verdade
Duma vida sem sentido,
Por me sentir desgastada
Até me sentir frustrada
Pelo meu nada vivido.

Choro...
Pelos dias que sozinha
Lutei, morri, renasci.
Porque nada que vivi
Me pareceu valer a pena
Nunca encontrei o "caminho"
Tal como pobre avezinha
Que numa noite serena
Morre só, junto do ninho.


Choro...
Por tanto ter desejado
Só um pouco de ternura
Que dissipasse a tristeza
Que em mim sempre perdura
De viver nesta pobreza
Dum sentimento frustrado
Por a tantos ter amado
Sem nunca ter ao meu lado
Nem sequer essa leveza
De um beijo mesmo roubado.


Choro...
Porque sou esta Mulher
E sinto como ninguém
Esta dor do abandono
E do desamor também


Helena  Cunha

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