sábado, 27 de outubro de 2012

Diário Poético – Marionetas


O palco é a Terra a rodar devagar e sem dever parar
nele movem-se inúmeras marionetas esculpidas por um sistema maquiavélico
bem tratadas e acarinhadas no luxo desejado no seu sonhar, daí
marionetas bem manobráveis com arte de escola cinematogáfica prima

o sadismo dos realizadores  não  quer terminar  projectando  sua ferfídia
nos seres julgados cegos, surdos e impotentes, os  contribuintes da sua existência

espectadores, sofredores, contribuintes tratem os olhos, limpem os ouvidos
alimentem a razão
deitem os bilhetes deste drama não reservado para a cloaca
cerrem a porta dos realizadores
arremessem a chave para o rio Tamisa
e as marionetas perdem o óleio e a camisa


Nuremberga,  25 de Outubro 2012
©Maria do Rosário Loures


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