terça-feira, 30 de outubro de 2012

Foi numa noite de amor …

Retiraste os meus cabelos da frente dos meus olhos com as tuas mãos de veludo
Afastaste-os, e beijaste a minha testa que ficou lívida pelo carinho
Os meus olhos ficaram transparentes, mais brilhantes mas confusos, e viram os teus passearem, perdidos, por dentro de mim
Percorreste com eles todo o meu corpo e as tuas mãos estavam impacientes para os poder substituir
Prendi-as às minhas, e ambas deambularam sem rumo certo, pelos nossos corpos em ebulição
Foi uma perdição de amor que acabou no chão ao rebolão junto da lareira que crepitava estupefacta com tanta precipitação
Nada detinha o amor que corria mais veloz que uma noz em ladeira descendente
Nada desprendia as nossas mãos que cada vez mais se perdiam no meio da perdição
Nada parava o querer dos nossos corações que em fúria desmedida, se fundiam num só querer

A lareira deixou de crepitar
O lume apagou-se
As brasas eram já nozes de carvão sem cor
A carpete queixou-se que estava magoada
(não sabíamos porquê, não lhe tínhamos feito nada)

Mas também nada nos importava
Estávamos felizes
Nariz com nariz
Boca com boca

A escuridão que havia no ar não deixava ver o nosso olhar, mas sabíamos que nos víamos
Não era precisa luz artificial, porque a luz natural estava dentro de nós e iluminava todo o ambiente

Todo o nosso amor era esplendor

Os meus cabelos voltaram a tapar-me os olhos
As tuas mãos sossegaram e pousaram-se sobre as minhas que já estavam quietinhas.

Voltaste a retirar os meus cabelos, da frente dos meus olhos … e …

Foi numa noite de amor, meu Amor, que tudo começou !

Magá Figueiredo
Foi numa noite de amor …

Retiraste os meus cabelos da frente dos meus olhos com as tuas mãos de veludo
Afastaste-os, e beijaste a minha testa que ficou lívida pelo carinho
Os meus olhos ficaram transparentes, mais brilhantes mas confusos, e viram os teus passearem, perdidos, por dentro de mim
Percorreste com eles todo o meu corpo e as tuas mãos estavam impacientes para os poder substituir 
Prendi-as às minhas, e ambas deambularam sem rumo certo, pelos nossos corpos em ebulição
Foi uma perdição de amor que acabou no chão ao rebolão junto da lareira que crepitava estupefacta com tanta precipitação
Nada detinha o amor que corria mais veloz que uma noz em ladeira descendente
Nada desprendia as nossas mãos que cada vez mais se perdiam no meio da perdição
Nada parava o querer dos nossos corações que em fúria desmedida, se fundiam num só querer

A lareira deixou de crepitar
O lume apagou-se
As brasas eram já nozes de carvão sem cor 
A carpete queixou-se que estava magoada 
(não sabíamos porquê, não lhe tínhamos feito nada)

Mas também nada nos importava 
Estávamos felizes
Nariz com nariz 
Boca com boca

A escuridão que havia no ar não deixava ver o nosso olhar, mas sabíamos que nos víamos 
Não era precisa luz artificial, porque a luz natural estava dentro de nós e iluminava todo o ambiente

Todo o nosso amor era esplendor

Os meus cabelos voltaram a tapar-me os olhos 
As tuas mãos sossegaram e pousaram-se sobre as minhas que já estavam quietinhas. 

Voltaste a retirar os meus cabelos, da frente dos meus olhos … e …

Foi numa noite de amor, meu Amor, que tudo começou !

Magá Figueiredo

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