sábado, 27 de outubro de 2012

Esqueci-me de mim …

Na noite em que desabotoaste o botão do meu vestido,
disseste ao meu ouvido tantas palavras bonitas,
que fizeram perder o sentido
da minha orientação

Quando me desnudaste os ombros
senti um tal calafrio,
que inundou de amor o vazio
que habitava o nosso quarto

Quando descobriste os meus seios
os adulaste, sentiste
e beijaste,
chegou do céu uma música translúcida, igual
ao amor para o qual me transportaste

Quando o vestido desceu
E os meus pés ele tocou
Deste-lhe um pontapé …
E o meu coração sangrou

Logo a tua boca se desculpou
dando-me um beijo ...
que me sufocou

Olhei-te
Olhámo-nos
Percebemo-nos
Beijámo-nos

O vestido de alívio respirou
E o amor, de novo voltou.

Nunca mais me lembrei que havia tido vestido, um vestido !

Magá Figueiredo
Esqueci-me de mim …

Na noite em que desabotoaste o botão do meu vestido,
disseste ao meu ouvido tantas palavras bonitas,
que fizeram perder o sentido 
da minha orientação 

Quando me desnudaste os ombros 
senti um tal calafrio, 
que inundou de amor o vazio 
que habitava o nosso quarto

Quando descobriste os meus seios
os adulaste, sentiste 
e beijaste, 
chegou do céu uma música translúcida, igual 
ao amor para o qual me transportaste

Quando o vestido desceu 
E os meus pés ele tocou
Deste-lhe um pontapé …
E o meu coração sangrou

Logo a tua boca se desculpou 
dando-me um beijo ... 
que me sufocou

Olhei-te
Olhámo-nos
Percebemo-nos
Beijámo-nos

O vestido de alívio respirou
E o amor, de novo voltou. 

Nunca mais me lembrei que havia tido vestido, um vestido !

Magá Figueiredo

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