CAIS DE ESPERA
Há um cais que persiste
Nos barcos de lembrança
Partem lestos sob a bruma
E na leve e branca espuma
Deixam um rasto de esperança
Vão cheios de amor eterno
Tão eterno quanto o tempo
E numa tempestade de vento
Cedo voltarão ao seu cais
Donde não partirão jamais
Desse cais que já não existe
Solta-se um choro ou um grito
Talvez um ai aflito
Onde o som não voltará mais
Porque não voltarei ao cais
Nesse cais que já não existe
Parti eu num dia tão triste… tão triste
paxiano
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