domingo, 21 de outubro de 2012

Breves Sentimentos!

Entardece o pensamento
é breve o lamento
que sai no meu escrever!

Seria as garras da alegria
que não saem em sintonia
nem descendem da felicidade
escondendo a verdade
dos sentimentos guardados!

Enraivecem!
Atormentam os sentidos
que levados em vão
só faz renascer a ira
dos Deuses!
Padecer por vezes
desses males
e por tal infortúnio
que deixou raízes
por cortar
por queimar...!

Esse mal de infelizes
de loucos de dementes
que não reconhecem e
não sabem que até são felizes...

Para esquecer que viver e morrer
serão palavras inacabadas.
Ilusões que são programadas
até ao mais pequeno ser!

E nesta viagem de barco sem volta
que só muda a rota
porque quer sobreviver!

Viver! Viver! Sobreviver!
Doer! Se dói...

Suspira a alma encerrada
em tal quimera
desejando subir
ao alto das primeiras súplicas!

Minhas culpas?
Meus deveres?

Por donde anda o ser
de quem o viver
me deu a escolha
de tal miragem?

Ira raiva infortuna
sentimentos intragáveis!
A paz que nunca encontra
esse barco sem porto!

Deixai-o ir...!

Deixai partir
para longe desse deserto
apaziguai esse resto
que inebria o mais pequeno ser!

E o amor?

Amor?
Palavra bem escrita
porém mal descrita
por quem só dá valor
à dor
ao queixume!

Quando pode ver alegria
em sintonia dos sentidos
e não soube dar ouvidos
a mais pequena flor!
a mais pequena letra
ao mais pequeno gesto...

Triste e audaz manifesto!

Tudo o que faz cura
a esse leve palpitar
seja a doce
a simples candura
de um sentimento
de afastar um lamento
lutar por um sentimento
e ter alguém
a quem amar!

Maria Morais de Sa

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