quarta-feira, 24 de outubro de 2012

“CONTO INFANTIL”
Mal o sol abriu, e contente por tanto amar,
Fui pela costa passear e deitar ao mar, num cantinho,
Uma pequena garrafa com o restinho do vinho
Que tinha sobrado do nosso amoroso jantar!

Três dias e três noites navegou a garrafa até chegar,
A uma pequena praia à beira-mar. Uma mulher bonita
Que viu uma onda serena à areia a garrafa entregar.
Logo a foi buscar, pensando que lá tinha coisa escrita!

Quando a rolha tirou e viu que apenas um resto
De vinho rosado continha, num inesperado gesto
Bebeu o nosso rubro vinho que a fez logo estremecer!

E, coisa estranha, um conforto tamanho pola a pensar
Na esperança de noutra onda o seu amor aparecer!
Transformou-se em sereia e nunca mais saiu do mar.

Alfredo Costa Pereira
Pintura de Alfredo Volpi
“CONTO INFANTIL”
Mal o sol abriu, e contente por tanto amar,
Fui pela costa passear e deitar ao mar, num cantinho, 
Uma pequena garrafa com o restinho do vinho 
Que tinha sobrado do nosso amoroso jantar!

Três dias e três noites navegou a garrafa até chegar,
A uma pequena praia à beira-mar. Uma mulher bonita 
Que viu uma onda serena à areia a garrafa entregar. 
Logo a foi buscar, pensando que lá tinha coisa escrita!

Quando a rolha tirou e viu que apenas um resto 
De vinho rosado continha, num inesperado gesto
Bebeu o nosso rubro vinho que a fez logo estremecer!

E, coisa estranha, um conforto tamanho pola a pensar
Na esperança de noutra onda o seu amor aparecer!
Transformou-se em sereia e nunca mais saiu do mar.

Alfredo Costa Pereira
Pintura de Alfredo Volpi

Sem comentários:

Enviar um comentário