Espaço de tempo!

Espaço de tempo!
Passado são folhas caídas
varridas com o vento!

Mas que foram vividas
em um presente
num futuro...!

Espaço rasgado em horas
minutos
segundos...!
Naquele momento
agora...!

Semeando brandura
ternura
secando os olhos
de qualquer lamento!

Nesse espaço de tempo
nesse momento...
Em que chegou a hora
de deixar
de naufragar!
De navegar sem rumo
nem história
de ter um mundo
donde vigora
a glória o amor...!

Sentimentos vadios
lascivos
escorregadios!
Se louvam por provar
imaginar
fartar
essa sobre-dosagem
da luxuria!

Secura Importante
dos lábios por um beijo!
Esse desejo que encerra
os olhos do amante.
Que brilhou nesse abismo
sem chão!

E voou ao infinito
sem razão
sem o ardor
sem paixão
sem calor
da eternidade e da essência
do seu eu!

Contas forjadas
sem palavras
sem destino
sem humildade!
Mas que para tudo
existe uma verdade!

Nesse espaço de tempo
nessa vaidade
nesse impasse redondo
viciado sem lado...
sem esquina!

Espero esse futuro
nesse espaço de tempo
que estará em qualquer momento
ou nesse dia para chegar!


Maria Morais de Sa