quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Gostava de Te Ouvir Dizer …

Que o Sol brilha
Que as Ondas do Mar são magníficas
Que as Águas dos Rios são doces
Que a Lua e o Luar são de prata e se vestem elegantes, como magnatas
Que as Andorinhas são Boas Mães
Que o Vento de Outono sopra leve e suave ; que as folhas que vestiam as árvores, ora caídas no chão, já não se levantam por se sentirem tão bem, continuando belas e perfumadas
Que a Bruma da Manhã é alva como neve
Que a Aurora Boreal é diáfana, de mil cores … multicolor
Que a Chuva Miudinha é benção dos céus
Que as Rosas são rainhas, e as suas pétalas mantos de veludo coroados pelo sol

Mas não !
Não te ouço dizer nada; continuas de boca calada, e a tristeza toma conta de mim, porque;

O Sol se entristeceu, escondeu, pelo simples facto de nunca ver os teus olhos olhando os seus

As Ondas do Mar passaram a insignificantes, porque não lhes tocaste ainda sequer, com a ponta dos teus vinte dedos (nem sabias que tinhas vinte dedos, e que podias escolher um, para
lhes tocares !)

As Águas dos Rios tornaram –se azedas, pela falta do carinho dos teus pés, que podiam acariciar e moldar a agressividade das pedras do seu sinuoso leito

A Lua não mais engravidou do céu; e o Luar virou treva com medo dos teus olhos, por nunca o saberes apreciar ou louvar

As Andorinhas não passam de pequeninas e tristes filhotas, pois nunca lhes fizeste uma carícia, ou lhes deste uma migalha de pão

O Vento ameno e doce do Outono, torna –se cavalo à solta mal humorado, por nunca nele teres reparado

A Bruma da Manhã quando acorda e se levanta é puro gelo Ártico, por sempre t’ esquivares a apreciá-la, e por nunca quereres que branqueasse os teus cabelos

A Aurora Boreal esmorece, escurece, muda de cor e fica dorida, porquanto, nunca por ser nunca, lhe dás os Bons Dias

A Chuva Miudinha entra em fúria e dilúvio, por também nunca te atreveres a deixá-la escorrer pelo teu rosto, pelos teus ombros, pelas tuas mãos, para poderes sentir a doçura do seu beijo,
o toque magistral do seu abraço, e o seu fraternal aperto de mão

As Rosas, ai, as Rosas !, deixaram de ser rainhas; os seus mantos reduziram-se tão somente, às bainhas. Os seus espinhos viraram picos ferozes como algozes, porque …

(não sabes porquê, pois não ?!)

Alguma vez te lembraste … de as olhar ?!
Alguma vez te lembraste … de as regar ?!
Alguma vez te lembraste … de As Ofertar ?!
( … )
Agora,
digo-te eu,
que o meu coração é vermelho cor do carinho,
mas com tanta dor,
ficou sem fala
e incolor,
porque nunca lhe disseste …
uma única palavra de amor.

Queria ouvir,
de ti,
ao meu ouvido,
só uma meiga palavra,
mesmo que mal balbuciada.

Magá Figueiredo
Gostava de Te Ouvir Dizer …

Que o Sol brilha
Que as Ondas do Mar são magníficas
Que as Águas dos Rios são doces
Que a Lua e o Luar são de prata e se vestem elegantes, como magnatas
Que as Andorinhas são Boas Mães
Que o Vento de Outono sopra leve e suave ; que as folhas que vestiam as árvores, ora caídas no chão, já não se levantam por se sentirem tão bem, continuando belas e perfumadas
Que a Bruma da Manhã é alva como neve
Que a Aurora Boreal é diáfana, de mil cores … multicolor
Que a Chuva Miudinha é benção dos céus
Que as Rosas são rainhas, e as suas pétalas mantos de veludo coroados pelo sol

Mas não !
Não te ouço dizer nada; continuas de boca calada, e a tristeza toma conta de mim, porque;

O Sol se entristeceu, escondeu, pelo simples facto de nunca ver os teus olhos olhando os seus

As Ondas do Mar passaram a insignificantes, porque não lhes tocaste ainda sequer, com a ponta dos teus vinte dedos (nem sabias que tinhas vinte dedos, e que podias escolher um, para
lhes tocares !)

As Águas dos Rios tornaram –se azedas, pela falta do carinho dos teus pés, que podiam acariciar e moldar a agressividade das pedras do seu sinuoso leito

A Lua não mais engravidou do céu; e o Luar virou treva com medo dos teus olhos, por nunca o saberes apreciar ou louvar

As Andorinhas não passam de pequeninas e tristes filhotas, pois nunca lhes fizeste uma carícia, ou lhes deste uma migalha de pão

O Vento ameno e doce do Outono, torna –se cavalo à solta mal humorado, por nunca nele teres reparado

A Bruma da Manhã quando acorda e se levanta é puro gelo Ártico, por sempre t’ esquivares a apreciá-la, e por nunca quereres que branqueasse os teus cabelos

A Aurora Boreal esmorece, escurece, muda de cor e fica dorida, porquanto, nunca por ser nunca, lhe dás os Bons Dias 

A Chuva Miudinha entra em fúria e dilúvio, por também nunca te atreveres a deixá-la escorrer pelo teu rosto, pelos teus ombros, pelas tuas mãos, para poderes sentir a doçura do seu beijo,
o toque magistral do seu abraço, e o seu fraternal aperto de mão

As Rosas, ai, as Rosas !, deixaram de ser rainhas; os seus mantos reduziram-se tão somente, às bainhas. Os seus espinhos viraram picos ferozes como algozes, porque …

(não sabes porquê, pois não ?!)

Alguma vez te lembraste … de as olhar ?! 
Alguma vez te lembraste … de as regar ?!
Alguma vez te lembraste … de As Ofertar ?!
( … )
Agora, 
digo-te eu,
que o meu coração é vermelho cor do carinho, 
mas com tanta dor,
ficou sem fala
e incolor, 
porque nunca lhe disseste … 
uma única palavra de amor.

Queria ouvir,
de ti,
ao meu ouvido, 
só uma meiga palavra, 
mesmo que mal balbuciada.

Magá Figueiredo

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