quarta-feira, 24 de outubro de 2012

OUTONO

Sentindo que seu fim é já tão perto,
O Verão, calmamente, se prepara
E na tela da vida, jóia rara,
Pinta seu quadro, com ouro coberto!

Seu tempo, inexorável, nunca pára,
Tudo tem o seu tempo, em tempo certo...
Da missão que tivera já liberto,
Dá lugar ao Outono e o ampara.

A transição da vida, doce, lenta,
Num pardo tom, avisa da mudança
Que chega no Outono, amarelenta.

Tempo de reflexão e de bonança,
Atrai-nos esta calma, que se ostenta,
Como sorriso calmo de criança...


Carlos Fragata

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