quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A CEGUEIRA OU A BELEZA DE UM SONHO

por Margarida Cimbolini

As papoulas eram verdes
naquele dia
porque ninguém as via

leprosos enigmáticos
asquerosos
hebraicos

crianças e amanhãs
adentro das camaratas
adentrados em bravatas
agnósticos
esfomeados

a moeda é ouro é prata
a moeda é dor
comida
é a vida
e a vida é amor

nadando em merda
sem pão nem erva

cegueira vista por uma
com lume aceso na mão
ferve a água do chão

sobrevive o calor
na cidade devorada
comem animais
ninguém vê nada

ser humano em vitrais
hás sede cegada
projeta-se a vida
com camisa

e estavam lá as laranjas
a chuva tomba
lava demais

ser humano é sempre ser mais

baseado no livrro ,,Ensaio sobre a Cegueira,,
de José Saramago
A CEGUEIRA OU A BELEZA DE UM SONHO

por Margarida Cimbolini

As papoulas eram verdes
naquele dia
porque ninguém as via

leprosos enigmáticos
asquerosos
hebraicos

crianças e amanhãs
adentro das camaratas
adentrados em bravatas
agnósticos
esfomeados

a moeda é ouro é prata
a moeda é dor
comida
é a vida
e a vida é amor

nadando em merda
sem pão nem erva

cegueira vista por uma
com lume aceso na mão
ferve a água do chão

sobrevive o calor
na cidade devorada
comem animais
ninguém vê nada

ser humano em vitrais
hás sede cegada
projeta-se a vida
com camisa

e estavam lá as laranjas
a chuva tomba
lava demais

ser humano é sempre ser mais

baseado no livrro ,,Ensaio sobre a Cegueira,,
de José Saramago

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