quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

ALVA NOITE, NOITE BRANCA!

Alva noite, noite branca!
Minha noite de emoções,
a catedral dos meus sonhos,
noite das minhas paixões,
nau dos sonhos mais diversos.
Alva noite, noite branca!
Madrigal dos meus sentidos,
de ventura feita apenas,
de infortúnios proibidos,
dissecação de poemas…
Alva noite, noite branca!
Minha Ilha dos Amores,
rosto de mulheres sem dores,
na cadeia do meu peito,
o hálito quente do leito
onde me deito sem sono
e me entrego ao abandono
na hera de corpos belos
e à nuvem dos meus castelos.
Noite branca, noite branca!
Meu cais de preces que louvo
e fundeio o meu batel
donde brotam cravo e mel
e eu concebo um mundo novo.

Lisboa, 27 de Outubro de 1987

Manuel Manços

Sem comentários:

Enviar um comentário