quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Se eu pudesse…

Se eu pudesse fugia
Fugia de mim, antes do cair da noite
Mas em mim, vivo, cativada…
Tenho o peito rasgado e em chagas
Na minha pele arrepiada
Habita a sombra da dor
Ninguém compreende o que eu sinto!
Se eu tivesse asas, fugia…
Fugia e voava, antes do alvorecer
Mas em mim vivo, cativada…
Tenho dois olhos vagos e ausentes
A alma presa com um laço
E um grito mudo, que me arranha
E estrangula a garganta
Ninguém compreende o que eu sinto!
Sofro inflamada, os clamores, serenos
E cegos, da claridade ausente.
Se eu pudesse fugia
Fugia e escondia-me
Por entre os campos
No fundo do mar, esquecia-me
No infinito do espaço
Cobria-me com um manto…sem ruído.
Mas depois…nunca mais via o sol!
E eu quero voltar a ver o sol
E o luar!

Telma Estêvão
Se eu pudesse…


Se eu pudesse fugia
Fugia de mim, antes do cair da noite
Mas em mim, vivo, cativada…
Tenho o peito rasgado e em chagas
Na minha pele arrepiada 
Habita a sombra da dor
Ninguém compreende o que eu sinto!
Se eu tivesse asas, fugia…
Fugia e voava, antes do alvorecer
Mas em mim vivo, cativada…
Tenho dois olhos vagos e ausentes
A alma presa com um laço
E um grito mudo, que me arranha
E estrangula a garganta
Ninguém compreende o que eu sinto!
Sofro inflamada, os clamores, serenos
E cegos, da claridade ausente.
Se eu pudesse fugia
Fugia e escondia-me
Por entre os campos
No fundo do mar, esquecia-me
No infinito do espaço
Cobria-me com um manto…sem ruído.
Mas depois…nunca mais via o sol!
E eu quero voltar a ver o sol 
E o luar!


Telma Estêvão

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