quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A ALMA DA SAUDADE

Hoje vislumbrei a alma da saudade,
vinha abraçada à angustia dos meus dias.
Pedi-lhe um sorriso, ofereceu-me piedade,
bebi do seu travo em taças de agonias.

Hoje quis sentir a força da verdade,
afastar de ti as minhas fantasias,
dar-te o azul do mar, a sua imensidade,
brisas refrescantes, verdes ramarias.

Hoje escalei a “minha” Torre de Babel,
coloquei uma pedra na “Paz de Raquel”,
dois locais sagrados, que vais venerar...

Destinos trocados são vitrais dispersos,
eternas saudades que enleiam meus versos,
campos de quimeras que sempre has-de amar.

Manuel Manços Assunção Pedro

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