A valsa!

Leve, levemente,
vou bailando esta valsa
ela me voa suavemente,
sussurrando os pés de dança!

Encantada e segura
donde vivem os duendes,
esta brisa e esta alvura
que nunca experimentei antes!

Vai de volta e volta e meia
estou donde o sonho fiz,
sobram risos e a maneira
de me sentir mais feliz!

Toca a música que solta
passarinhos a cantar,
eis que chega a última volta
pouco falta para acabar!

A alegria durou pouco
mas intensa e foi bonito,
voei sem pés e ao vento
sorri em cada minuto!

Sensação de felicidade
é sorrir em cada momento,
bailar, cantar é de verdade
um transportar no tempo!

E do par não vos falei
desse que me fez dar,
tantas voltas que nem sei
donde agora vim eu parar!

Dançarino de pé solto
me rodou nos seus abraços,
de mim fez um corpo morto
e me desfez nos seus passos!

Ao terminar agradeci
e ele a mim pelo que fiz,
porque foi o que senti
aos seus pés eu fui feliz!

Assim terminei meu baile
e que tanto... rodopiei,
já levo daqui a saudade
daquilo que só eu sei!

Maria Morais de Sa