UM NÓ NA GARGANTA
Com que lembranças
me atrais
Na poeira do caminho
São algemas que me prendem
Traços firmes que me seguem
Com aroma de rosmaninho
Com que luz e de que brilho
te fazes anunciar
Quando a lembrança é tão
presente
E o sol já tardio se arrasta
Num clamor tão crescente
Quando se morre no poema
Só ele é testemunho do sol
do amanhã
Só ele é a réstia inquietante
Devolvida na palavra sã
Que se eleva e se agiganta
Quando tudo nos desencanta
Há uma voz...
Que nos aperta o nó da garganta
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