Queria tanto…
Queria tanto
Carregar nas mãos, todos os desejos.
Numa suporte, cactos.
Queria tanto
Sentir o sabor do sol, na pele
Em espasmos cadenciados
E prender nos lábios o teu gosto.
Na boca acumulo, chagas.
Queria tanto
Sentir os teus braços
Entrelaçados nos meus
Mas a calma do poente
Repousa em mim, agonizante.
Queria tanto
Despir os dias pardacentos
Que me ensopam
E vestir o arco-íris outra vez.
Queria tanto
Saber-te, escrever, palavras incendiadas
Mas só tenho, versos brancos
Na minha paisagem, vazia.
A pele acolhe o incerto
E nela não cabem, todos os meus desejos.
Telma Estêvão
Queria tanto…
Queria tanto
Carregar nas mãos, todos os desejos.
Numa suporte, cactos.
Queria tanto
Sentir o sabor do sol, na pele
Em espasmos cadenciados
E prender nos lábios o teu gosto.
Na boca acumulo, chagas.
Queria tanto
Sentir os teus braços
Entrelaçados nos meus
Mas a calma do poente
Repousa em mim, agonizante.
Queria tanto
Despir os dias pardacentos
Que me ensopam
E vestir o arco-íris outra vez.
Queria tanto
Saber-te, escrever, palavras incendiadas
Mas só tenho, versos brancos
Na minha paisagem, vazia.
A pele acolhe o incerto
E nela não cabem, todos os meus desejos.
Telma Estêvão
Queria tanto
Carregar nas mãos, todos os desejos.
Numa suporte, cactos.
Queria tanto
Sentir o sabor do sol, na pele
Em espasmos cadenciados
E prender nos lábios o teu gosto.
Na boca acumulo, chagas.
Queria tanto
Sentir os teus braços
Entrelaçados nos meus
Mas a calma do poente
Repousa em mim, agonizante.
Queria tanto
Despir os dias pardacentos
Que me ensopam
E vestir o arco-íris outra vez.
Queria tanto
Saber-te, escrever, palavras incendiadas
Mas só tenho, versos brancos
Na minha paisagem, vazia.
A pele acolhe o incerto
E nela não cabem, todos os meus desejos.
Telma Estêvão
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