segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Um Conto de Momentos de Amor …

Foste tu que atiraste para cima do sofá o meu casaco e o meu cachecol, depois de um beijo demorado, após teres fechado a porta da entrada de casa. Não deste nem mais um passo,
e foi ali, no meio do hall de entrada, que me agarraste, me enlaçaste, me acariciaste os cabelos, me beijaste os olhos (deixando-os estupefactos), e me deixaste ficar sem respirar quando me puxaste para ti, e os meus lábios, numa sofreguidão insistente beijaste. Não esperava uma chegada a casa tão rápida, tão cheia de ansiedade e de vontade de amar. Que se passaria nesse coração tão pressuroso, tão ansioso de me possuir, de me amar, de me beijar, de quer fazer percorrer as tuas mãos pelo meu corpo já tão desejoso e tão húmido, parecendo que isso não acontecia há incontáveis dias, quando afinal, ainda de manhã, quando acordámos, e depois saímos, nos despedimos apaixonadamente; para assim, em poucas horas e tão de repente, sentirmos um amor sem igual, terno, delicioso, intenso, clamoroso em mim, em nós, do teu corpo no meu corpo, e do meu corpo no teu. Quando o beijo terminou, os nossos lábios lambuzados tinham um sabor a mel incomparável a qualquer outra iguaria inigualável, e os nossos corpos desejavam-se num palpitar louco e ofegante. Olhaste o meu rosto com esses olhos negros doces, e os meus olhos rebrilharam, sedentos de mais beijos, de mais carinho, e de mais aquele momento alto e crucial de amor, que tanto ansiavam. E é esse momento de um querer profundo, de um querer penetrante, paixão indescritível, que a minha mente retém fixamente. Pegaste-me ao colo e pousaste-me, docemente, em cima da nossa cama, e mais um verdadeiro momento de amor aconteceu.

Lindo, este sonho, amor meu !
...
Acordei. Estavas ao meu lado dormindo serenamente.

Beijei-te, nem sentiste; tão suave foi o mel dos meus lábios,
a doçura do meu olhar, e o afago do meu carinho.

Levantei-me, e preparei, com amor, um pequeno almoço muito especial, tanto quanto o sonho que sonhei !

Magá Figueiredo

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