quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Nesse dia

Nesse dia
A lua não voltou a aparecer
As estrelas deixaram de brilhar
O céu inquieto pintou-se de negro
Desaguou em catarata e adormeceu-me.
Nesse dia
Antes do relógio estacar
Tropecei em fragmentos de imagens
Que passaram pelos meus olhos
Como borboletas esvoaçantes.
Nesse dia
Os lábios não voltaram a sorrir
A voz definhou
O tempo esfriou, desfaleceu e fechou-se.
O que restou, ficou trancado e sem luz.
Nesse dia
O corpo hipotecou a felicidade
E vacilou entre as brumas.
A pele enrugou e perdeu o calor da alma.
Nesse dia
Circundado por um manto
O corpo não dançou na claridade…
Foi arrastado pela cegueira, do vento.

Telma Estêvão
Nesse dia 


Nesse dia 
A lua não voltou a aparecer
As estrelas deixaram de brilhar
O céu inquieto pintou-se de negro
Desaguou em catarata e adormeceu-me.
Nesse dia 
Antes do relógio estacar
Tropecei em fragmentos de imagens
Que passaram pelos meus olhos
Como borboletas esvoaçantes.
Nesse dia
Os lábios não voltaram a sorrir
A voz definhou
O tempo esfriou, desfaleceu e fechou-se.
O que restou, ficou trancado e sem luz.
Nesse dia 
O corpo hipotecou a felicidade
E vacilou entre as brumas.
A pele enrugou e perdeu o calor da alma.
Nesse dia
Circundado por um manto
O corpo não dançou na claridade…
Foi arrastado pela cegueira, do vento.


Telma Estêvão

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