Dueto 1: Motivo – Cecília Meireles e Sol Figueiredo
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Eu canto pra alegrar meu pranto
Sigo perdida, vã estrada...
Da vida, já não sei mais nada,
Nem mesmo sei se tem encanto...
Sou lágrima sentida, canto...
Alma sofrida, tão cansada!
E vivo assim, angustiada...
São lamentos sombrios, suplanto...
Sonetos com rimas, invento...
Voando versos... entrelinhas...
Vou acalmando o tal tormento...
Reflexos meus, sou sentimento...
Um rio de palavras tão minhas:
- Eu não sou poeta... Sim, nem tento!
© SOL Figueiredo
20/01/2013 – 15:30h
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2013 – às 19:49h
Código do Texto: T409381 – Dueto 1- Cecília
Dueto 1: Motivo – Cecília Meireles e Sol Figueiredo
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Eu canto pra alegrar meu pranto
Sigo perdida, vã estrada...
Da vida, já não sei mais nada,
Nem mesmo sei se tem encanto...
Sou lágrima sentida, canto...
Alma sofrida, tão cansada!
E vivo assim, angustiada...
São lamentos sombrios, suplanto...
Sonetos com rimas, invento...
Voando versos... entrelinhas...
Vou acalmando o tal tormento...
Reflexos meus, sou sentimento...
Um rio de palavras tão minhas:
- Eu não sou poeta... Sim, nem tento!
© SOL Figueiredo
20/01/2013 – 15:30h
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2013 – às 19:49h
Código do Texto: T409381 – Dueto 1- Cecília
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.
Cecília Meireles
Eu canto pra alegrar meu pranto
Sigo perdida, vã estrada...
Da vida, já não sei mais nada,
Nem mesmo sei se tem encanto...
Sou lágrima sentida, canto...
Alma sofrida, tão cansada!
E vivo assim, angustiada...
São lamentos sombrios, suplanto...
Sonetos com rimas, invento...
Voando versos... entrelinhas...
Vou acalmando o tal tormento...
Reflexos meus, sou sentimento...
Um rio de palavras tão minhas:
- Eu não sou poeta... Sim, nem tento!
© SOL Figueiredo
20/01/2013 – 15:30h
Publicado no Recanto das Letras em 20/01/2013 – às 19:49h
Código do Texto: T409381 – Dueto 1- Cecília

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